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A evolução da Asa Delta

Foto do escritor: Paulo JPXPaulo JPX

Atualizado: 23 de set. de 2019



“Foi tempo onde fazer sexo era seguro e voar de asa delta era perigoso”

Vi esta frase em um adesivo no carro de um voador de asa delta em 1992, quando eu ainda não era praticante do vôo livre de asa delta e de lá pra cá muito foi evoluído em performance , segurança e conforto.


No principio os pilotos de asa delta eram verdadeiros aventureiros, pois não contavam com a tecnologia dos dias de hoje. Imagine em São Conrado, onde a decolagem tem 500 metros e o pouso fica e menos de 3 km de distancia e quando as asas chegavam ao pouso era considerada uma tarefa honrosa, atualmente se decolarmos e tirarmos direto para a praia chegará com quase os 500 metros de altura da decolagem.


O nome asa delta, não faz mais jus ao desenho da mesma, as primeiras asas eram do formato da letra delta, porém atualmente uma asa delta não tem nada de delta , é um planador , um formado aerodinâmico, que aproveita seu formato para melhorar em velocidade e sustentação.

As asas começaram com o formato de delta, com apenas um pano, chamado pano simples, e com o cross bar fixo a quilha da asa. Em seguida criou-se um pano no intra-dorso, um pouco tímido cobrindo ¼ do tecido do extradorso, também paralelamente foi criado o cross bar semi flutuante.

Então durante muito tempo ocorreu uma divisão, entre as asas pano simples e as de pano duplo, os principiantes voavam com asas pano simples e depois de atingir certa maturidade e experiência no vôo, trocava sua asa por uma de pano duplo. Estas asas de pano duplo se dividiam em dois grupos, as de ponta redonda e as de ponta reta.


Paralelamente a evolução das asas ocorreu a evolução dos cintos ou bullet, no principio voava-se em perneiras, depois sarcófagos e enfim os casulos, atualmente os casulos são em formato de gota, que é a melhor aerodinâmica, ou seja menos arrasto possível.


Os equipamentos eletrônicos, a velha bussola foi aposentada em troca dos GPS, além de posicionadores via satélite, eu utilizo o SPOT, a cada 10 segundos este aparelho manda minha posição via satélite para uma pagina de internet, onde o meu resgate ou quem quer que seja pode acompanhar, ao pousar envio uma mensagem SMS para os telefones cadastrados e os mesmos recebem minha latitude e longitude. Tem também o GPS integrado ao variometro eu utilizo o compeu + , tal aparelho alem de ter o GPS e o variometro, é todo preparado para voar as competições de asa delta, é um verdadeiro painel de avião em uma asa delta.

Voltando as asas, as mesmas evoluíram e delas foram retirados o King post, dando inicio a era da asa Top Less a fabrica francesa Lamouet do Frances Gerad Tevenaut criou a primeira asa sem King post, em seguida as demais fabricas evoluíram para tal conceito, durante algum tempo convivia-se em competição as asas com king e as sem king, até um momento onde constatou-se que existia as asas sem king e as asas sem chances rsrsrs.


Em seguida foi criado o balancinho, uma peça entre o hangloop e a quilha, tornando a dirigibilidade da asa delta muito melhor. E atualmente toda a asa de ponta é sem king e possui balancinho algumas fabricas optam pela ponta redonda e a aeros opta pela ponta reta.

Como essas asas atingiram um L/D absurdo de 15/1 sem vento, criou-se o para-queda de arrasto, para ser acionado em pousos pequenos.


Com a economia brasileira melhorando e o dólar caindo, comprar uma asa de ponta esta mais fácil que nunca, porem a política de importação tem os impostos altos e dificulta, porem se o piloto viajar para o local da fabrica, conseguirá um bom preço para ter uma asa delta de alta performance e muito segura.

 
 
 

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